e largou o peso das nuvens sobre o seu corpo.
Ela não se importava.
Celebrava seu ritual com cânticos ancestrais.
Pedia por amor.
Não um amor,
amor de verdade,
do homem pela terra onde pisava.
O povo achou estranho
a donzela dançando na rua
sua roupa colada ao corpo.
Foi ignorada.
Houve um tempo no qual as bruxas cantavam,
suas almas brancas se elevavam
e o manto de chuva limpava a dor da cidade.
Hoje ninguém se importa mais
nem com a sua dor,
muito menos com a dor da cidade.
Só a louca na rua
que pela cidade dançava.
Ferozes eram os ventos
que cobraram suas lágrimas.
Thais Simone
Para NL no dia das bruxas.
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