Trago notícias. Ele se foi.
Você achou que ele sempre estaria ali. Achou que ele jamais partiria. Como poderia?
Você ainda se lembra dele, à frente como um farol na sala escura. A paz para ensinar, o sorriso discreto... Suas teorias, discutidas com olhos brilantes, o infinito e o humano sempre em foco. Até o fato de ele não ir à formatura (exceto à nossa! Pelo menos até aquele dia!), tudo isso fazia dele único. Especial.
Não tem tamanho o pesar por sua perda. Mas ao invés de sentir um buraco no peito, fiquemos bem.
Nenhum homem é imortal, quando tudo o que se deseja dele é apenas o seu comparecer - o seu corpo feito de carne e ossos presentes neste espaço.
Só o mestre é imortal.
Ele fez de nós parte de tudo que ele tinha. Parte, uma milésima parte, do saber dele.
Homem etéreo que nos doou tempo e luz: sua sina é ser eterno em nossos corações.
Esteja em paz.
Para o Professor Sarmento da Neuroanatomia.
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