26 de junho de 2017

Diário do escritor: a gratidão e a tatuagem

Ela tem estado quietinha desde a publicação do livro. Motivo: trabalhando no novo livro. Gostei disso de publicar. Foi "diferente".

Tive alguns retornos interessantes.

Gente que leu "de uma sentada". Jamais vou saber se isso é bom ou se é ruim. É provável que seja ambos.

Gente que não entendeu nada. Gente que acha que tem que ter doutorado para ler (e não tem, poesia é sentimento). Gente que comprou e não leu. Aguardam e guardam poemas.

Muita gente ganhou o livro. Educados, reservados, ausentes...

Outros tomaram o livro como quem recebe um presente. Celebraram, choraram, escolheram.

Gente que "nem gosta de poesia", mas que leu assim mesmo e amou o que teve. Pedem por mais.

Muitos, mas muitos se surpreenderam.

Teve gente que achou que conhecia (a autora), agora confundem meu trabalho comigo. Quando nada mais me pertence (o poema é seu!), dão um jeito de me achar ali... A esses aviso: não é possível decidir o quanto no livro pode ser real. Há tantas variáveis nesta incógnita... Melhor parte do relacionamento: a pergunta! Será? :D

Houve gente que gostou tanto, que pegou um bocado para por à venda. Gente que faz propaganda.

E gente que (ainda) ama.

Pessoas: sou-lhes grata.
     
A todos, repito aqui o que disse no lançamento:

Poesia é como tatuagem, só que esta fica gravada na alma.

Vai ter gente que vai olhar e vai achar feio. Como pode alguém se marcar assim? Marca de alma não tem justificativa, fica presa embaixo da pele do ser. Um aviso, um amor, um momento.

Alguns vão procurar por uma com a qual se identifique. Vão escolher com cuidado e moldá-la aos seus contornos para ter com o poema uma relação íntima.

Outros vão admirá-la de longe, invejá-la e querer tomá-la para si.

Espera-se que muitos se apoderem dela. A marca na alma dos leitores, esse é o maior desafio (e perdição) do poeta.

Independente da reação que a marca-poema lhe provoque, uma coisa é certa: essa coisa que se molda à alma, goste ou não, você jamais será indiferente a ela.
Thais Simone. 07/04/17

Nenhum comentário:

Postar um comentário